Percebi, aos poucos e por pequenos detalhes, que sou proprietário de um conceito e não de um carro.
Páro no posto de gasolina e o frentista:
- Bacana, hem doutor? Que ano é? Lá na minha cidade eu andava muito em um de meu tio.
Vou no eletricista e entra uma senhora:
- Olha! Andei muito num destes quando era nova, no sítio de meu pai! Que saudade...
Quando paro num semáforo, sempre tem um olhando. De repente pergunta:
- Quanto vale? Quer vender?
Estaciono e quando olho o carro virou Play-ground, com as babás conversando tranquilamente e em paz, enquanto os pimpolhos dão pulos na caçamba, sacudindo para frente e para trás...
Levo para realizar algum reparo e acompanho o serviço todo, sempre explicando como se manuseia, que não adianta dar porrada...
Na garagem tem sempre uma manchinha de óleo.
É um conceito.
Não um carro.
E sempre tranquilo, pois se ela me deixar na mão em algum lugar inóspito, tendo uma Silver Tape, um Durepóxi e um arame, provavelmente voltará para casa.
É isso.
Se você também tem um Fiat 147...
Bem-vindo à turma!

domingo, 6 de setembro de 2009

Meu herói

Segue aqui alguns vídeos, acho que de provas de carros clássicos europeus do ano passado, do Fiat Abarth 1000 do piloto Jasper Izaks, que não conheço, mas acho que é o piloto de carros antigos que mais se diverte no mundo.

Ele corre na Holanda. Aqui tem
um pega em Zandvoort contra uma Alfa que é de perder o fôlego. Aqui, mais um. E, aqui, o carrinho barbarizando na chuva em Assen, com um final sensacional.

É isso aí. Por esses vídeos dá para entender por que tem gente gosta tanto de correr de clássicos. Porque são carros de verdade, manhosos, cheios de graça.

Um dia vou ter o meu 147 de corrida, já disse isso antes.



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